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domingo, 31 de dezembro de 2017

coração de aço é bem mais forte que o de gesso

 Mais uma vez sem limite, sem sono
Um coração tão bonito sem dono
Ia ficar em casa mas mudou de plano
Deve estar cansada do cotidiano

Outro rap, outro beck, outro beijo
Outros lábios pra poder provar
Uma cama com bem mais desejo
Outro mundo pra poder sonhar

Tá fazendo mais estrago que ponto 40
Fazendo mais barulho que tiro de oitão
E nessa boca linda o cigarro de menta
Voltou pra casa cedo quase sem noção

Mais uma vez vai chegar em casa de madrugada
Outra vez, mesma cena da semana passada
E o cheiro de álcool como é que tá
A cama tá arrumada mas vai dormir no sofá

Sem chance pra viver pouco
um rap se for dos louco, enfim
Acho que a dona é inimiga do fim
Já vi na quebra de boa, no torque só no comando
Já vi andar com os playboy, já vi louca com os malandro

Será que foi decepção que fez ela virar do avesso
Coração de aço é bem mais forte que o de gesso
E já nem pensa em dormir, vive o presente que é real
Rotina é feita pra quem quer repetir filme no final

Outro rap, outro beck, outro beijo
Outros lábios pra poder provar
Uma cama com bem mais desejo
Outro mundo pra poder sonhar

Tá fazendo mais estrago que ponto 40
Fazendo mais barulho que tiro de oitão
E nessa boca linda o cigarro de menta
Voltou pra casa cedo quase sem noção

E esse perfume que agrada os maloqueiro
Esse seu jeito, com esse seu cheiro
E essa maneira que cê joga esse cabelo
Será que é sonho ou pesadelo

Tá gastando batom por aí
Test drive de boca em boca
A brasa do cigarro quente
A bebida com gelo que deixa ela louca
Essa cara de santa não engana
quem nasceu pra viver nesse vício
Sábado à noite, balada cheia, ficar em casa é difícil

Outro rap, outro beck, outro beijo
Outros lábios pra poder provar
Uma cama com bem mais desejo
Outro mundo pra poder sonhar

Tá fazendo mais estrago que ponto 40
Fazendo mais barulho que tiro de oitão
E nessa boca linda o cigarro de menta
Voltou pra casa cedo quase sem noção

Outro rap, outro beck, outro beijo
Outros lábios pra poder provar
Uma cama com bem mais desejo
Outro mundo pra poder sonhar
Outro mundo pra poder sonhar
Outros lábios pra poder provar
Pra poder provar

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Pois é! Sou assim!

Sou feito do bordado invisível alinhavado pelo tempo, sacudido pelas perdas, ressignificado pelas alegrias. Sou desses poucos, que os tombos não limitam a capacidade de sonhar. A cada queda, levanto mais forte e decidido, com mais projetos do que tinha antes de cair.

Sou da rara natureza dos que amam de graça, e nada pedem por abrir o coração. Acolho também sonhos que não são meus, e insisto em acompanhá-los até que se concretizem.
Sou de dar o coração antes do corpo, a alma inteira antes do sorriso. De bandeja, ofereço os bons sentimentos, porque são eles que me regem e fazem maior, que me tiram do limbo egoísta de pensar somente no que posso ganhar. Adquiro consistência quando pareço que sou a mais fraca das criaturas, e aí, descubro com lágrimas nos olhos, onde moram a minha força e a capacidade de superação.
Sou de renascer depois de cada crise, de confortar no aconchego dos meus braços àqueles que se aproximam com danos na alma. Assim, reúno irmãos, que se fazem mais fortes quando se imaginam em queda livre, é aí que descobrem o dom das asas – em pleno exercício do voo.

Sou feito desse emaranhado de tons inéditos que não estão disponíveis na rica tabela Pantone, e na escuridão das minhas dúvidas, descubro um brilho fosforescente num olho, e no outro, a lágrima esperançosa, que me empurra para o próximo desafio. Cedo, recomponho a postura de quem vai firme na direção dos sonhos, e mesmo com receio, não esmoreço, não cedo à tentação de me esforçar menos do que posso. Sou feito dessa vontade louca de progredir, mesmo quando os caminhos estão abarrotados de placas proibitivas.
Sou desses, corajosos, que desobedecem quando tudo diz não. Refaço os cálculos e contorno os abismos com a desenvoltura de um trapezista, e sigo, porque sou feito de caminhos nunca trilhados, inúmeras possibilidades, e mesmo que, não haja estrada, busco na reinvenção o dom de cavar saídas. Sou feito desse fiapo de esperança, que se fortalece quando os abalos teimam em sacudir o interior.
Sou feito de pontas soltas, retalhos e nenhuma costura visível