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terça-feira, 1 de julho de 2014

Ilusões

"Antes queria ser derrotado no bem do que vencer no mal"

Sêneca


De caráter inquisitivo, escorpiniana de alma e saturniana de espírito, sempre fui controladora nata de todos

os fato. Tinha para mim que controlar os fatos, controlar emoções, controlar pessoas era o melhor caminho para se obter sucesso. Lógico, usar tais controles de forma saudáveis, típicos de liderança.

Obter controle, ter conhecimento do que ocorre ao seu redor e com pessoas, era, para mim, a chave de uma boa liderança.
Por outro lado sou amante da liberdade e liberdade é o antônimo de controle.
Quando se pensa em controle logo se pensa na restrição da liberdade.  
Eu mesma, não gosto de ser controlada, ninguém gosta.
No auge do meu amadurecimento percebi que não existe nada disso.
Repare que: controlar, liberar, restringir, incitar; são atitudes que dependem de terceiros ou fatos externos.  

Você realmente tem controle sobre os fatos onde o destino interpõe se em acasos?
Esse controle exige conhecimento e ninguém, digo ninguém, tem controle nem mesmo sobre o segundo que antecede o outro, o segundo seguinte é sempre um abismo escuro e nossas decisões entrelaçadas a decisões dos outros definem uma série de acontecimentos incontroláveis. O controle é uma ilusão.

Você é realmente livre para fazer suas escolhas?
Liberdade é muito subjetiva. Há aqueles que sentem se livres ao deixar de se restringir-se, como aquela mulher que há tempos queria divorciar-se ou o criminoso ao término de seu tempo na cadeia. Há aqueles que se acham livres simplesmente pelo fato de seguirem seus sonhos de acordo com o espírito aventureiro de seu coração. Fato é que, independente do que pensa, devemos seguir normas de condutas sociais, não podemos, por exemplo, tirar a roupa num dia de verão quentíssimo no meio da rua. Não podemos ultrapassar a linha delimitada de nossa “liberdade”, a liberdade do outro começa onde a minha termina. Livre até um ponto? Liberdade também é uma ilusão.

E o medo versus segurança? Acha que seus medos lhe restringe e que há segurança em suas escolhas por confiar no livre arbítrio? Nossos medos são criações subconscientes baseadas em experiências ao longo da vida no intuito da autopreservação. Ilusão.
Você é seguro até o ponto em que o medo se torna ativo. Mas você finge seguro, para ser seguro. Ilusão.

Entendo que tudo aquilo que depende de algo, do meio ou de pessoas, são tidas como ilusões.
Não há controle sobre nada, não há liberdade para ninguém.
Você pode me dizer que o amor não é uma ilusão. De fato, o amor não é uma ilusão quando não se espera ser amado, o amor incondicional, esse sim. Porém, repare que quando não se é correspondido, o amor não mais existe, esse amor era uma ilusão.

Existe uma cena de um filme que particularmente acho interessantíssimo, e nos remete a reflexões sobre essas ilusões. Quando o assisti, me tocou filosoficamente. Recomendo-o para aqueles cuja mente aguçada procura não só respostas, mas também formular perguntas conscienciosas.  


Agora, tendo noção de todas estas ilusões, vejo que são necessárias para nosso desenvolvimento enquanto evoluímos.

Mas uma coisa é certa, preciso ter controle, pois gosto de me sentir segura, amo a liberdade, mas preciso criar laços e fincar raízes. Acredito que são estes os conflitos que todos nós temos ao longa da vida e a dica que deixo aqui é que para melhor administra los, nossas ações e intenções  sejam sempre embasadas em respeito e carinho para com o outro ou você mesmo.

Fica a dica! 

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