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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores

Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas!
Vansan 


Sou apaixonada por flores! Em cada canto que passo, se avisto uma cor por entre os verdes escuros de jardins... ah! Vou lá roubar lhe...

Pode parecer feio aos seus olhos, mas lhe peço perdão, não resisto à natureza.

Roubo flores e as coloco em meio às paginas de meus livros. Mania besta, eu sei, mas é uma forma que tenho de guarda-las e lembrar que fui presenteada pelo seu perfume.

Recentemente algo incrível aconteceu.
Há um ano, ganhamos uma linda orquídea aqui no escritório. E como todos sabem, elas só florescem uma ou duas vezes ao ano. A nossa, foi apenas uma vez. Depois que perdeu sua flor, aquele cabo verde esticado, ficou ali, sem enfeitar nada no nosso escritório e logo veio um querendo jogar fora. Não deixamos (meninas), e semana passada, pequenos botões verdes brotaram de seu caule.

Ela abriu um lindo sorriso branco para nós hoje.

De todas as flores, as orquídeas são minhas preferidas.
E de quem não é? Bem me lembro das cenas da novela, A viagem, em que a personagem de Torloni recebia todos os dias, uma orquídea do personagem de Antonio Fagundes. Existem mistérios e lendas a rodear esta bela flor.

Diz a lenda, que uma princesa das terras da Indochina, na cidade de Anam, chamada Hoan-lan, famosa por sua beleza, não conseguia se apaixonar por nenhum homem. Muitos foram os interessados, porém não conseguia doar seu coração a nenhum pretendente.
Eis que um dia conheceu um homem, Mun-cay e para sua tristeza, não foi correspondida. Hoan-lan, de tudo fazia e a indiferença de Mun-cay a deixava cada vez mais triste.
Foi então que a princesa foi em busca de ajuda do Deus todo poderoso que viva ali perto nas montanhas de Tan-vien.
_ Cura me, ó Deus todo poderoso, pois sofro por um amor que me despreza!
_É justo, pois sempre desprezou outros amores. Saia de meu templo.
Na saída do templo, toda chorosa, a princesa encontrou uma bruxa, que lhe explicou que o amor não pode ser comprado e nem vendido, mas que faria um feitiço para Mun-cay jamais se apaixonar por outra mulher, se assim desejasse.
Assim a princesa aceitou e quando encontrou Mun-cay nos jardins do palácio, ela foi ao seu encontro para abraça-lo. Eis que no abraço, Mun-cay se transformou numa árvore de ébano.
Chorando copiosamente ao pé da árvore, a princesa esbravejava contra a bruxa que a iludiu.
A bruxa porém lhe explicou que assim, Mun-cay jamais amaria outra mulher, que o feitiço tinha se cumprido.
Hoan-lan passou dias, semanas ali, sofrendo e pedindo perdão a Mun-cay. Deus todo poderoso, passando por ali viu que a princesa se definhava aos pés do ébano e se apiedou, mas nada podia fazer contra o feitiço.
Por fim, ele a transformou numa flor, concedendo lhe um bem, nunca se separar do seu amor e viver de sua seiva por toda a eternidade.

Assim nasceu a primeira orquídea, segundo a lenda de Anam.

Isso me faz lembrar que o amor é feito flores, incondicional, mas livre em vários tons e várias cores, :)! 

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