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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Com toda sorte de vários amores

 "Nos perderemos entre monstros da nossa própria criação" Será - Legião Urbana





 Sobre as fortalezas e fragilidades dos relacionamentos, acredito que já passamos por muitas fases.  Houve uma época em que os casais só se conheciam quando se casavam, outra época em que o casamento era a ditadura do machismo, outra época sofrimento, outra época: negócio, já foi segurança, escapismo, fantasia, já foi amor nos tempo do cólera, já foi gelado, homodificado... Enfim, foi quase tudo e agora, os relacionamentos, na visão de Zygmunt Bauman, sociólogo polonês e um dos intelectuais mais respeitados da atualidade, são líquidos.
 A expressão “líquido” aqui usada tem a meu ver, a conotação de algo que se evapora, algo frágil e incontrolável.

Na modernidade de hoje, onde podemos tão facilmente conhecer alguém através das redes sociais, sem nos expor tanto como antes, acabou por tornar o simples fato da procedência em algo “fora de moda”.
 A modernidade estreitou laços, mas afrouxou valores.
 Ela tornou os contatos mais efêmeros, o sexo mais importante, a quantidade num quesito e a qualidade dispensável...
 Hoje, dificilmente alguém se prende pelo companheirismo ou pela parceria. Podemos até nos prender, porem muitos, estão flertando com novas oportunidades.
 Os amores líquidos, em sua grande maioria e isso é uma opinião minha, são resultados de um imediatismo inconsequente.
 Somos obrigados a nos conhecer rapidamente, a transar rapidamente, a nos aproveitar rapidamente, uma vez que o término dessas relações é liquefeito rapidamente... Evaporam no vazio interior, solidificam na banalidade dos dias atuais.
 Temos uma sede desses amores, esperamos amores melhores, queremos consumir esse líquido, pois só há isso ofertado. Ninguém oferece mais relacionamentos sólidos, eles não têm mais tanto espaço no mercado.
 Penso que chegamos a essa situação justamente por isso, poucos são os que querem matar a fome, saborear do amor sólido. Muitos são os que têm sede, sorvem de amores líquidos.
 Lei da oferta e da demanda. Amores líquidos inundam nosso cotidiano, ludibria-nos com seu doce cálice cheio de luxuria.
 A insegurança é a irmã mais feia nessa família dos amores líquidos.
 Não apostamos no outro por medo da troca, medo do “furo”, medo da rejeição, medo...medo...medo...
 E não obstante, digo que quem sofre esse medo, é tão ativo quanto passivo desses resultados propostos.
 Essa interação é, obviamente e plenamente, subjetiva. Sendo assim, digo, que aquele que não confia, não é digno de confiança.

 No mercado dos relacionamentos, expostos nas vitrines das redes sociais, temos os seguintes estilos de amores;
 Amores de bolso, amores fast food, amores roubados, amores condenados, amores burlescos, amores rasos... amores...amores...amores!
 Em caso de defeito, troca em 7 dias úteis.
 No meu mundo, que não é este onde rotulamos relacionamentos, muito menos nossos amores, eu condenso meus sentimentos, refrigero minhas inseguranças e aqueço novos solos.
 Faço isso na certeza de encontrar alguém que compartilhe do mesmo mundo que o meu.
 Mas me deve estar distante, nesse grande sertão seco em que vivo, aquele afim de preparar a terra com esses líquidos, para plantio de amor sólido. 

Que sejam sorrisos nossos frutos...



quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Eis um conselho!!!

Aprenda a gostar de sua própria companhia, se você não gostar, quem mais vai?




Conselho se fosse bom a gente vendia, mas sempre fui péssima em negociações.
E esse, eu dou de bom grado, pois aprendi muito com ele e é um dos conselhos que mais gosto:

Eis:

Não mendigue atenção de quem quer que seja. Não se esforce para compartilhar minutos com quem está mais interessado em coisas que não te incluem. Não prolongue a conversa apenas para ter o outro por perto, quando você perceber que precisa se esforçar bastante para que o monólogo vire um diálogo. Esqueça. Prefira a sua solidão genuína à pseudo presença de qualquer pessoa. Ainda digo mais: Perceba que existem pessoas que curtem dividir a atenção contigo sem que você precise desprender esforço algum. Aproveite o que te dão de livre e espontânea vontade. Dispense o que te dão por força do hábito ou por conveniência. Esqueça o que não querem te dar. Cada um dá o que pode".


- Mario Calfat Neto

As vezes cobramos, inconscientemente, aquilo que o outro não tem, não pode ou não quer nos dar...
O melhor caminho é aquele que nos conduz ao lado de pessoas que nos querem o bem, nos desejam as melhores das possibilidades e não há necessidade de mendigar nada, jamais, pois estas pessoas estão transbordando e lhe darão de bom grado....


quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Dando um tempo, inferno astral mode on!

Se der uma chuva de Xuxa no meu colo cai Pelé!
1406 - Mamonas Assassinas



Dando um tempo nas postagens!



ate o dia 27 pessoal!

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Sobre o direito de se amar e ser amado!

"Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente!" 
Henfil 



A primavera tem início hoje, e por isso, vamos falar de amor, paixão e sedução. 
Primavera é o reencontro das cores, do bailar das flores e de seus perfumes no ar. 
Gosto muito da primavera, apesar de outono ser minha estação do ano preferida. 
Já até postei sobre o outono, se quiser dar uma conferida dá um clique!
Mas não vamos falar sobre a primavera. Vamos falar sobre sua essência: paixão...hum! 
Sabe aquela frase clichê: “Para encontrar seu amor, tem de se amar primeiro”! 
Pois é! Fato puro. 
Vou lhes explicar meu ponto de vista. 

Quando decidimos estar pronto para amar novamente ou quando encontramos uma pessoa no qual vale a pena se deixar apaixonar... é quando nos tornamos melhores em vários aspectos.
É quando queremos mostrar a pessoa em questão o quanto temos de melhor, o quanto podemos ser melhor, o quanto queremos ser melhor.
Por isso, se não há amor por você mesmo, não há qualidades a serem exploradas e nem vontade de ser uma pessoa melhor por se julgar incapaz disso, não há como se apaixonar. Triste! 
Nas minhas fuçadas na net, encontrei este artigo e compartilho com vocês: 


Sou uma dessas, eterna apaixonada, me apaixono fácil, pois sei o quanto quero compartilhar o que tenho de melhor; meu astral, minhas brincadeiras, meus carinhos e meu bem querer... 

Todos os dias quero ser a pessoa melhor que fui ontem, e se não há pessoa para demonstrar meu bem querer, tenho o raiar do sol, os beijos do vento ou os abraços da chuva para agradecer...

Esse melhor pode ir para uma criança que quer brincar, para um idoso com quem conversar, um amigo a consolar...enfim, espalhar o meu melhor em cada canto, conquistando quem desperta isso em mim... 
E concordo com Henfil, no final o que vale mesmo é a intenção...
Saibamos dar valor a simplicidade de cada ação... :)


Parafraseando Clarice Linspector: 
“Até onde eu posso, vou deixando o melhor de mim! Se alguem não viu, foi porque não me sentiu com o coração!”

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores

Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas!
Vansan 


Sou apaixonada por flores! Em cada canto que passo, se avisto uma cor por entre os verdes escuros de jardins... ah! Vou lá roubar lhe...

Pode parecer feio aos seus olhos, mas lhe peço perdão, não resisto à natureza.

Roubo flores e as coloco em meio às paginas de meus livros. Mania besta, eu sei, mas é uma forma que tenho de guarda-las e lembrar que fui presenteada pelo seu perfume.

Recentemente algo incrível aconteceu.
Há um ano, ganhamos uma linda orquídea aqui no escritório. E como todos sabem, elas só florescem uma ou duas vezes ao ano. A nossa, foi apenas uma vez. Depois que perdeu sua flor, aquele cabo verde esticado, ficou ali, sem enfeitar nada no nosso escritório e logo veio um querendo jogar fora. Não deixamos (meninas), e semana passada, pequenos botões verdes brotaram de seu caule.

Ela abriu um lindo sorriso branco para nós hoje.

De todas as flores, as orquídeas são minhas preferidas.
E de quem não é? Bem me lembro das cenas da novela, A viagem, em que a personagem de Torloni recebia todos os dias, uma orquídea do personagem de Antonio Fagundes. Existem mistérios e lendas a rodear esta bela flor.

Diz a lenda, que uma princesa das terras da Indochina, na cidade de Anam, chamada Hoan-lan, famosa por sua beleza, não conseguia se apaixonar por nenhum homem. Muitos foram os interessados, porém não conseguia doar seu coração a nenhum pretendente.
Eis que um dia conheceu um homem, Mun-cay e para sua tristeza, não foi correspondida. Hoan-lan, de tudo fazia e a indiferença de Mun-cay a deixava cada vez mais triste.
Foi então que a princesa foi em busca de ajuda do Deus todo poderoso que viva ali perto nas montanhas de Tan-vien.
_ Cura me, ó Deus todo poderoso, pois sofro por um amor que me despreza!
_É justo, pois sempre desprezou outros amores. Saia de meu templo.
Na saída do templo, toda chorosa, a princesa encontrou uma bruxa, que lhe explicou que o amor não pode ser comprado e nem vendido, mas que faria um feitiço para Mun-cay jamais se apaixonar por outra mulher, se assim desejasse.
Assim a princesa aceitou e quando encontrou Mun-cay nos jardins do palácio, ela foi ao seu encontro para abraça-lo. Eis que no abraço, Mun-cay se transformou numa árvore de ébano.
Chorando copiosamente ao pé da árvore, a princesa esbravejava contra a bruxa que a iludiu.
A bruxa porém lhe explicou que assim, Mun-cay jamais amaria outra mulher, que o feitiço tinha se cumprido.
Hoan-lan passou dias, semanas ali, sofrendo e pedindo perdão a Mun-cay. Deus todo poderoso, passando por ali viu que a princesa se definhava aos pés do ébano e se apiedou, mas nada podia fazer contra o feitiço.
Por fim, ele a transformou numa flor, concedendo lhe um bem, nunca se separar do seu amor e viver de sua seiva por toda a eternidade.

Assim nasceu a primeira orquídea, segundo a lenda de Anam.

Isso me faz lembrar que o amor é feito flores, incondicional, mas livre em vários tons e várias cores, :)! 

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Hoje, uma data não festiva...

"Em toda esquina tem um telefone, por toda agenda, letras do seu nome"
Por um triz - Lulo Scroback




Foi exatamente numa manhã, colorida e aquecida, de um sábado, dia 08/09, que você saiu da minha casa. Deixou seu cheiro, levou meus beijos, deixou saudade...
Foi exatamente no mesmo dia  que você entrou na minha vida.
Amei você desde aquele dia e tento te esquecer desde então.
Mas como esquecer se há mais de você que eu dentro de mim!
Das vezes que me fez dormir no seu colo, embalada no seu abraço e aquecida pelos seus beijos. Meu rosto corava com tantos selinhos que recebia.
Dos seus sussurros a pedir meus movimentos, da sua respiração ofegante e seu sono intranquilo.
Da singeleza de teus toques, a suavidade de seus carinhos e força do seu olhar.
Das mensagens fora de hora acompanhadas de palavras doces, desde um bom dia, um smile ou um “quero você minha menininha”.
Dos dias frios, que de alguma forma você me aquecia; dos dias quentes que você sempre ardia.
Daquele dia, que não houve palavras, apenas olhares e minutos depois só risadas.
De quando colocava a língua pra fora e minhas caretas a te acompanhar.
De quando apertava minha mão ao atravessar a rua.
De quando escutamos Black do Pearl Jam no chuveiro.
Da sua paciência ao me ouvir narrar a rotina entediante do meu dia.
De quando, sem querer, me deixou cair do seu colo.
Daquele final de semana no sítio.
Uma foto, um beijo roubado...
Ah, quantas lembranças boas, mas acompanhadas das tristes.
Das vezes que te aguardava em vão.
Das noites sozinha na solidão.
Dos lenços cheios de lagrimas e ciúmes de tuas outras companhias.
Sim, você foi a melhor coisa que já me aconteceu.
Não, não foi a minha melhor experiência.
Ensinou-me o desapego, o descontrole, a liberdade.
Resumindo, fomos pele, fomos química, fomos física, fomos dança, fomos indiretas, fomos muitas brigas e uma foto.
Sinto tanto a sua falta!
Você me estragou para outros homens, não aceito menos que você e não encontro em outros braços os seus abraços, em outros abraços o meu encaixe, o encaixe com seu cheiro, seu cheiro em outros corpos, em outros corpos sua proteção....
Mais uma vez, preciso de você!
Do meu lugar junto aos seus 1,82 cm de altura. Dos seus beijos metálicos. Do carinho de sua mão calejada. Da paz que sugere quando fico no seu colo.
Eu sei que tens outro par para dançar, ou outros pares para brincar e é por isso que eu brinco e danço com a solidão.
E dessa vez, deixo as canções do Los Hermanos que tanto cantei para ti e citarei Legião Urbana, pois na condição em que me encontro é o que me faz mais sentido:

“Eu vejo você se apaixonando outra vez, eu fico com a saudade e você com outro alguém!
E você diz que tudo terminou mas qualquer um pode ver, que só terminou pra você!”


PS: Eu fui ao Cristo no Rio de Janeiro esse fds, e lá rezei para que me devolvesse voce, caso contrário que me presenteasse com alguém melhor, veja como fui abençoada:


terça-feira, 2 de setembro de 2014

Mulher livro ou mulher fruta que nada! Somos a geração das mulheres tablet's.

"Nem todas as mulheres gostam de apanhar, só as normais"
Nelson Rodrigues



Recentemente li um artigo do blog Casal Sem Vergonha, cujo o título era: Sorte do dia: achar uma mulher-livro em meio a tanta mulher-fruta e achei até mesmo legalzinho, pode conferir, mas venho aqui num manifesto curto e direto perante essa mania que se tem de separar "supostos" opostos...rs! Rimou, mas não combinou...
Bem acho que se pode ser uma mulher livro com sabor de fruta madura, polpuda e fresca, assim como uma mulher-fruta pode ter mais atitude e resiliência, absorvidos de livros e quadrinhos da cultura pop que qualquer outro ser.

Não gosto de pensar em estereótipos!

Esses artigos me levam a crer que a mulher inteligente é feia, só tem qualidades intelectuais e já as "vulgo" gostosas, não servem para um papo na madrugada nos intervalos das transas.

Bom mesmo é ser misturada, ser de tudo um pouco ao invés de esperar para ser e acabando sendo nada. Não esperar para se ter safra, ser constante e bem temperada.

Saber jogar vídeo game, não por que precisa ser companheira em tudo, mas porque gosta de competitividade, saber conversar sobre tudo, ter assunto para todo mundo, contar histórias e argumentar seus pontos de vistas e mesmo assim, mesmo sendo mais que mulher livro, revista, DVD’s e afins, mesmo assim, ser aquela mulher com corpo, movimento e atitude para ser completa.

Outro dia vi um verbete: “Se conhecer uma mulher que tenha mais livros que sapatos, case-se com ela”. Idiotice ou intriga da oposição! A briga por espaços no meu quarto é feia entre os dois. Sou mulher de atitude, tenho mil livros nas mãos, saltos articulam meus passos, minha maquiagem ressaltam minha feminilidade e ainda assim, não abro mão de uma boa dose de cultura. Tenho um corpo cultural!

Somos mulheres tablet’s, temos conteúdo e é só acessar por modo touch....


Não julgue pelo convencional, existem muitas mulheres que são assim: como filmes de Lars von Trier e seus arquétipos femininos; surrealismos de Salvador Dali, misturando o sagrado e o profano; realismos de Frida Kahlo nas suas pinturas tão impactantes de superação, canções psicodélicas de Pink Floyd!  Já eu, se for pra ser livro, mesmo amando as mulheres de Jane Austen, preferiria ser uma obra de Charlotte Bronte, a famosa Jane Eyre....
Enfim, sou uma dessas e se ainda assim tiver o conceito de estereótipo, só te digo uma coisa; chupa essa manga!  


domingo, 17 de agosto de 2014

Nas tardes de domingo

Saudade palavra triste quando se perde um grande amor!
Meu primeiro amor - Angela Maria


Nas tardes de domingo,
sou eu, sou sozinho,

Nas tardes de domingo,
Viram noites, fico dormindo,

Nas tarde de domingo,
no sofá, musicas fico ouvindo,

Domingo...
na verdade quase nada sinto
Mas, são nas tardes de domingo,
que de você fico faminto...

Tu te tornas eternamente responsável por aqueles a quem cativas!

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Por um mundo com mais tempo, por um tempo com mais espaço


O que vale nessa vida é ver como você aproveita
Desde a hora que levanta até a hora que deita
Quando escolhe a coisa certa é tudo sem receita
Quando perto de você a própria confusão se ajeita... bem!
O melhor da vida - Marcelo Jeneci




NÃO ENTRE EM PÂNICO! 
Verbete recorrente nos livros de Douglas Adams, a trilogia dos cincos, nunca funcionou para mim. Tanto é que foi justamente lendo o segundo livro da trilogia, O restaurante no fim do universo, que percebi a profundidade de nossa existência e entrei em pânico.
Foi um choque de realidade!
No livro, existe o mais selvagem meio de tortura  a qual um ser vivo pode ser submetido; o vórtice de perspectiva total. O tratamento dura poucos segundos, mas os efeitos continuam pelo resto da vida.
Quando você é posto no Vórtice, tem um rápido vislumbre de toda a inimaginável infinitude da criação, e no meio disso, em algum lugar, há um marcador minúsculo, um ponto microscópico colocado sobre outro ponto microscópico dizendo Você está aqui”.


Morri de rir quando li isso e apesar dos livros de Douglas Adams, extraordinariamente engraçados,  eles tratam com bom humor as corriqueiras dificuldades inerentes a nossas existências.
Tomando consciência do meu “minúsculo” tamanho deixei de lado o bom humor e filosoficamente parti para minhas reflexões singulares.
Como somos pequenos!
E não digo apenas pequenos. Parei para pensar na minha efêmera existência.
A vida na Terra tem um pouco mais de 3600 milhões de anos (só isso), e nem vou citar aqui tudo o que já li no livro de Urântia, pois é assunto para outro post, mas....voltando a ironia... Viemos “dar um pulo” aqui na Terra.

Então, caro amigo, não me importo com meus dias de maus humores, não me importo com meus dias de bons humores. Importo-me com meu legado, mesmo que dure mil anos, ainda é pouco perante a uma perspectiva da vida aqui.
Quero, nesse espaço curto de tempo, curtir a vida, amar e ser amada, aproveitar de cada segundo, de cada espaço, de cada tempo...
Quero deixar saudades, deixar sabores, deixar marcas, filhos, netos, lembranças e histórias!
Quero me apaixonar, brigar, comer, voltar, retroceder, conhecer, reconhecer e me reinventar! Viver com mais exclamações e menos interrogações, trocar vírgulas e pontos finais por reticências ou quaisquer outros sinais...
Alguns pensam, “mais um dia”, já eu penso, “menos um dia”! Vamos, aproveite, erre, supere, arrisque-se, tome proporção do seu tempo na terra e NÃO ENTRE EM PÂNICO!
Talvez a partir de agora, com o despertar de sua consciência, talvez você passe a se incomodar menos, agir mais rápido, não perder tempo, ganhar mais espaço....A vida é tão curta!
Eu não sei, penso que aproveito a minha vida, tomo iniciativas, aguardo momentos! Termino o que não tem dado bom proveito, recomeço quando não dá certo! A vida é tão curta, sou tão pequena!
Por um mundo com mais tempo, por um tempo com mais espaço pois sou pequena e sou efêmera!
Seja lá como for, mesmo um minúsculo ponto nestes setes superuniversos, quero ser brilhante...
Seja lá como for, mesmo neste quase 5 milhões de vidas, meus poucos cem anos devem marcantes...


quarta-feira, 6 de agosto de 2014

No cantinho com Martha Medeiros

Faça o bem para si e acredite: ninguém vai se chatear com isso. Negue-se a participar de coisas em que não acredita ou que simplesmente o aborrecem. Presenteie-se com boa música, bons livros e boas conversas. Não troque sua paz por encenação. Não faça nada que o desagrade só para agradar aos outros.

Be yourself


...Sou lúcida na minha loucura, permanente na minha inconstância, inquieta na minha comodidade... Amo mais do que posso e, por medo, menos do que sou capaz...Quando me entrego, me atiro e quando recuo, não volto mais.

Martha Medeiros

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Ensaio sobre uma vida com você!

Eu quero reconciliar a violência em seu coração
Quero reconhecer que sua beleza não é só uma máscara
Quero exorcizar os demônios do seu passado
Quero satisfazer os desejos do seu coração

Undisclosed Desires - Muse




Antes, sua seriedade me afastava, sua moralidade me condenava e seus olhares me julgavam.

Não vês; que ao meu lado tu te transformas, com meus trejeitos infantis, ornados de brincadeiras e fantasias voltamos a um mundo alegórico de amor e criancices?

Gosto de te ver dançando enquanto prepara nosso café, quando canta no chuveiro aquela nossa velha música, trilha sonora do nosso encontro e principalmente, gosto de quando dá aquela gargalhada quando falo uma coisa séria! Não dá credibilidade para minhas manhas. Sabe que sou mulher menina, responsabilidade adulta numa mente inconstante!

É por essa consciência que me tens nas mãos, me dá segurança para viajar em meu mundo particular, abrir a porta dessa dimensão iluminada.

Nessa segurança, me deito em seus ombros e a proteção se faz presente, bem ali, no meio de nós dois. Você me cobre de beijos e seu corpo me cobre de calor. É neste momento que desejo que o relógio pare, retroceda. Não quero que amanheça, não quero ter o sol por testemunha, a lua já nos basta. 

Seria isso uma armadilha para que eu deseje sempre voltar? Não sei, mas a verdade é que não desejo sair, você me prendeu!

Juntos somos complementos. Separados, apenas opostos! O velho e a moça, o ninho e a vôo, o chão e a viagem, a realidade e o sonho....

Somos modelos de competição! E que vença o que tiver mais carinho um com o outro, mais desejo que o outro e der mais chance para o outro! Vamos ganhar nessa brincadeira de ser feliz!

Deixa esse lado austero, esse olhar cabisbaixo, essa postura enigmática, pegue minha mão e vem comigo, cantar, dançar, fazer amor, nos perder e nos achar! Pois o fio da vida passa por entre nós, enlaça nossas horas e liga nossas almas. E por mais que o tempo insista jamais nos distanciaremos de nossos destinos!


quarta-feira, 23 de julho de 2014

As duas gotinhas de Óleo!

A felicidade só é verdadeira quando compartilhada!
Na natureza selvagem


Meio atrasada com os post e correria em todos os sentidos, porém não posso deixar de compartilhar com vocês....

Seja como for, na alegria ou na tristeza, sempre tenho comigo uma historinha que me acompanha. Muitas vezes me pego refletindo sobre sua moral e com certeza digo que ela me lembra de meus valores e necessidades em meu interior. Leiam de alma aberta...e contemplem -se!


O segredo da felicidade!

Certo mercador enviou seu filho para aprender o Segredo da Felicidade com o mais sábio de todos os homens. O rapaz andou durante quarenta dias pelo deserto, até chegar a um belo castelo, no alto de uma montanha. Lá vivia o Sábio que o rapaz buscava.

Ao invés de encontrar um homem santo, porém, o nosso herói entrou numa sala e viu uma atividade imensa; mercadores entravam e saíam, pessoas conversavam pelos cantos, uma pequena orquestra tocava melodias suaves, e havia uma farta mesa com os mais deliciosos pratos daquela região do mundo.

O Sábio conversava com todos, e o rapaz teve que esperar duas horas até chegar sua vez de ser atendido.

Com muita paciência, escutou atentamente o motivo da visita do rapaz, mas disse-lhe que naquele momento não tinha tempo de explicar-lhe o Segredo da Felicidade.

Sugeriu que o rapaz desse um passeio por seu palácio, e voltasse daqui a duas horas.
– Entretanto, quero lhe pedir um favor – completou, entregando ao rapaz uma colher de chá, onde pingou duas gotas de óleo. – Enquanto você estiver caminhando, carregue esta colher sem deixar que o óleo seja derramado.

O rapaz começou a subir e descer as escadarias do palácio, mantendo sempre os olhos fixos na colher. Ao final de duas horas, retornou à presença do Sábio.

– Então – perguntou o Sábio – você viu as tapeçarias da Pérsia que estão na minha sala de jantar? Viu o jardim que o Mestre dos Jardineiros demorou dez anos para criar? Reparou nos belos pergaminhos de minha biblioteca?

O rapaz, envergonhado, confessou que não havia visto nada. Sua única preocupação era não derramar as gotas de óleo que o Sábio lhe havia confiado.

– Pois então volte e conheça as maravilhas do meu mundo – disse o Sábio. – Você não pode confiar num homem se não conhece sua casa.

Já mais tranqüilo, o rapaz pegou a colher e voltou a passear pelo palácio, desta vez reparando em todas as obras de arte que pendiam do teto e das paredes. Viu os jardins, as montanhas ao redor, a delicadeza das flores, o requinte com que cada obra de arte estava colocada em seu lugar. De volta à presença do Sábio, relatou pormenorizadamente tudo que havia visto.

– Mas onde estão as duas gotas de óleo que lhe confiei? – perguntou o Sábio.

Olhando para a colher, o rapaz percebeu que as havia derramado.

– Pois este é o único conselho que eu tenho para lhe dar – disse o mais Sábio dos Sábios. – O segredo da felicidade está em olhar todas as maravilhas do mundo, e nunca se esquecer das duas gotas de óleo na colher.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Feliz dia do Homem, para os que são!

Você não precisa ser muito muito muito muito muito muito, mas muito muito muito foda mesmo para ser um homem, e não é que qualquer um pode ser, a verdade é que; tão menos que qualquer um, é você....
Aceito qualquer um, sou humilde, menos que isso, ninguém merece :)
Vanessa Martins 



Hoje é considerado o dia do Homem. Estamos também a pouco menos de um mês para comemorar o dia dos Pais.

Um grande homem? Meu pai!

Ele me mostrou como reconhecer e admirar um grande homem. E aqui vai, na maior simplicidade, meus parabéns aos grandes homens que conheço:

Aquele homem que prefere ao risco do erro, que passividade da conveniência. Que faz de seus defeitos, rascunhos de aprendizagem e amadurecimento e ao reconhecer isso, pede desculpas, não em tom de falsa modéstia, mas na humildade de sua alma.

Aquele homem que possui segurança suficiente para proteger os mais fracos. Que malha músculo, coração e tem calor nos afagos de seus abraços. Não somente para com as mulheres, mas familiares, amigos, crianças e seus bichos mais que estimados.

Aquele homem, cuja vontade se expressa em toda força sem vaidade. Que sabe o que quer, luta, empreita e ama de verdade.

Ao homem que percebe ser mais forte que a mulher e não usa desta força para feri-la, seja em palavras ou em ações, mas reconheça a necessidade de mais compreensão do que ação. Mais carinho que desconsideração. Mais admiração que humilhação.
Grandes homens fazem histórias, não contadas em versos e prosas, mas criam filhos com honradez, suas mulheres são mais felizes e amigos mais leais. Isso se torna história, isso torna uma lenda. Seus filhos serão modelos para o futuro da humanidade, homens com estas histórias, dão bons frutos.

Orgulho-me de ser um bom fruto de um grande homem e certeza de ter o orgulho do meu pai.
Infelizmente, no mundo de hoje, conheço poucos homens assim. A modernidade distorceu muitos valores do bem coletivo para o individual. Muitos homens não são mais homens, ainda não evoluíram, vivem na síndrome de Peter Pan, mas conheço muitas mulheres melhores que muitos homens. Enfim, dedico este post a todos bons de coração, honrados de caráter e com espírito em paz.
Parabéns aos grandes homens, e às mulheres que tem de ser pelos que ainda não o são!
Existe um poema,  qual sou apaixonadíssima, que enaltece os valores de um grande homem.

Se

Se és capaz de manter tua calma, quando,
todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa.

Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.

Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
tratar da mesma forma a esses dois impostores.

Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.

Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida.

De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.

Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e - o que ainda é muito mais - és um Homem, meu filho!

Rudyard Kipling

terça-feira, 8 de julho de 2014

Pelo direito de cometer erros, mas que sejam novos erros!

Um trecho da música da Pitty – Na sua estante:
“ Te vejo errando e isso não é pecado, exceto quando faz outra pessoa sangrar!”


Mudar é bom, mas não é fácil.
Gradativamente, ao decorrer de nossos anos, evoluímos, crescemos e.... Mudamos!
Nossos processos de mudança consistem em adaptações do nosso ser a fatos, casos, pessoas e ambientes. Essas adaptações nos fazem ter sentimento de acolhida e aceitação.
No entanto, algumas pessoas chegam a patamares de estagnação e encaram mudanças como rebeldia. Tornam-se inflexíveis e intransigentes, não sabendo fazer concessões e não enxergam quando pessoas ao seu redor os fazem. Para estas pessoas, a mudança é imposta por fatores externos.
Ao longo de nossa existência, conhecemos essas pessoas, cujo padrão de comportamento não muda. Eles insistem em cometer os mesmos erros, com eles mesmos e para com os outros. São pessoas com tamanha tacanhice de visão que não absorvem o que há de melhor dos outros. São imbatíveis na arte de não ceder, não evoluir. Assim, se tornam egoístas, mesquinhas e debochadas, pois estas são as formas de se defenderem, não possuem inteligência emocional ou humildade de coração para ver a trilha iluminada que se curva.
Recentemente recebi duras críticas por certo “jeito” meu de se comportar.  Enquanto recebia as críticas, analisava a forma como a pessoa me criticava, pois sua opinião era importante para mim, sendo assim, cheguei às seguintes conclusões:
1-      Se ela tem razão para pensar isto de mim: Nesse caso, o melhor que posso fazer é procurar uma forma de contornar a situação e propor mudanças aos arquétipos de pensamento que possuo, promover mudanças para que não haja novos estigmas com meu comportamento atual. Afinal, estamos em busca de evolução e ninguém quer voltar para trás.
2-      Se a pessoa não possui razão para pensar isto de mim: Acredito que toda crítica é construtiva e nesse caso, quando uma pessoa te critica e você não concorda com o ponto de vista dela, pode ser que em determinado momento você transmitiu  essa imagem, mesmo que inconscientemente. Assim, podemos sugerir mudanças de atitudes em relação a nossa imagem para com a pessoa, no intuito de alinhar as vias de seu comportamento com a realidade.
 Difícil não é?
Fato é que sempre estamos mudando. E não é bom quando mudamos para os lados ou para trás. Bom mesmo é mudar pra frente, mesmo que seja com um pequeno passo.
Se você acha que não está precisando mudar, seja seu comportamento ou ponto de vista, sei lá....averigue se não está cometendo os mesmos erros, ou os mesmos fardos lhe são apresentados. 
Todos os dias o sol levanta no intuito de lhe dar a chance de acertar, de lutar e vencer, tudo isso com riscos de erros, mas nunca os mesmos erros. Pare de deboches, mesquinharia e arrogância, dê lugar à maturidade, benevolência e principalmente à humildade. Evoluam, por favor!

Essa é uma página de um livro de cabeceira que tenho, consiste em uma reflexão diária. Nesta página está escrito as palavras de maior peso que existe: "Eu preciso de voce" (mas muitas mudanças ainda são necessárias para que possamos evoluir).



terça-feira, 1 de julho de 2014

Ilusões

"Antes queria ser derrotado no bem do que vencer no mal"

Sêneca


De caráter inquisitivo, escorpiniana de alma e saturniana de espírito, sempre fui controladora nata de todos

os fato. Tinha para mim que controlar os fatos, controlar emoções, controlar pessoas era o melhor caminho para se obter sucesso. Lógico, usar tais controles de forma saudáveis, típicos de liderança.

Obter controle, ter conhecimento do que ocorre ao seu redor e com pessoas, era, para mim, a chave de uma boa liderança.
Por outro lado sou amante da liberdade e liberdade é o antônimo de controle.
Quando se pensa em controle logo se pensa na restrição da liberdade.  
Eu mesma, não gosto de ser controlada, ninguém gosta.
No auge do meu amadurecimento percebi que não existe nada disso.
Repare que: controlar, liberar, restringir, incitar; são atitudes que dependem de terceiros ou fatos externos.  

Você realmente tem controle sobre os fatos onde o destino interpõe se em acasos?
Esse controle exige conhecimento e ninguém, digo ninguém, tem controle nem mesmo sobre o segundo que antecede o outro, o segundo seguinte é sempre um abismo escuro e nossas decisões entrelaçadas a decisões dos outros definem uma série de acontecimentos incontroláveis. O controle é uma ilusão.

Você é realmente livre para fazer suas escolhas?
Liberdade é muito subjetiva. Há aqueles que sentem se livres ao deixar de se restringir-se, como aquela mulher que há tempos queria divorciar-se ou o criminoso ao término de seu tempo na cadeia. Há aqueles que se acham livres simplesmente pelo fato de seguirem seus sonhos de acordo com o espírito aventureiro de seu coração. Fato é que, independente do que pensa, devemos seguir normas de condutas sociais, não podemos, por exemplo, tirar a roupa num dia de verão quentíssimo no meio da rua. Não podemos ultrapassar a linha delimitada de nossa “liberdade”, a liberdade do outro começa onde a minha termina. Livre até um ponto? Liberdade também é uma ilusão.

E o medo versus segurança? Acha que seus medos lhe restringe e que há segurança em suas escolhas por confiar no livre arbítrio? Nossos medos são criações subconscientes baseadas em experiências ao longo da vida no intuito da autopreservação. Ilusão.
Você é seguro até o ponto em que o medo se torna ativo. Mas você finge seguro, para ser seguro. Ilusão.

Entendo que tudo aquilo que depende de algo, do meio ou de pessoas, são tidas como ilusões.
Não há controle sobre nada, não há liberdade para ninguém.
Você pode me dizer que o amor não é uma ilusão. De fato, o amor não é uma ilusão quando não se espera ser amado, o amor incondicional, esse sim. Porém, repare que quando não se é correspondido, o amor não mais existe, esse amor era uma ilusão.

Existe uma cena de um filme que particularmente acho interessantíssimo, e nos remete a reflexões sobre essas ilusões. Quando o assisti, me tocou filosoficamente. Recomendo-o para aqueles cuja mente aguçada procura não só respostas, mas também formular perguntas conscienciosas.  


Agora, tendo noção de todas estas ilusões, vejo que são necessárias para nosso desenvolvimento enquanto evoluímos.

Mas uma coisa é certa, preciso ter controle, pois gosto de me sentir segura, amo a liberdade, mas preciso criar laços e fincar raízes. Acredito que são estes os conflitos que todos nós temos ao longa da vida e a dica que deixo aqui é que para melhor administra los, nossas ações e intenções  sejam sempre embasadas em respeito e carinho para com o outro ou você mesmo.

Fica a dica!